O Corpo Sente o Tempo
Hoje é quinta-feira. Estamos nos aproximando do final de semana. E eu sempre lembro de uma frase que circula por aí, dita com um certo orgulho performático disfarçado de motivação:
“Seu corpo não sabe que é fim de semana.
Mas será mesmo?
A ciência — e a biologia — talvez digam o contrário.
Nosso corpo é um organismo ritmado. Fato. Um conjunto de ciclos que conversam entre si, ajustando os hormônios, o humor, o metabolismo e até o apetite. O corpo sabe quando é dia e quando é noite — isso é o ritmo circadiano, que regula desde a produção de cortisol e melatonina até a temperatura corporal e o estado de alerta. Sabe se está amanhecendo, se está anoitecendo – e ele espera certas atitudes de nós.
Mas ele também reconhece, sim, o ritmo da semana, o chamado ritmo circasseptano — um ciclo biológico de aproximadamente sete dias, observado em marcadores imunológicos, respostas hormonais e até no funcionamento hepático. É por isso que sentimos diferença entre segunda e domingo. A neuroquímica muda. O corpo sente. A mente acompanha. Isso ainda é potencializado pelas mudanças ambientais (movimentação de pessoas, nível sonoro das cidades, exigências profissionais.
E não para por aí. Existem ainda os ciclos sazonais, que moldam o metabolismo (e o comportamento) conforme as estações. No frio, nosso corpo tende a procurar e reter energia, aumentar a ingestão calórica e reduzir a atividade espontânea; no calor, acontece o oposto. A própria produção hormonal — como testosterona, serotonina e melatonina — oscila ao longo do ano, acompanhando variações de luz, temperatura e disponibilidade alimentar.
Esses ritmos não são falhas ou pontos fracos – muito pelo contrário! São inteligências biológicas. São memórias do corpo sobre o tempo.
Mas vivemos em uma cultura que valoriza a constância sobre-humana: produtividade sete dias por semana, desempenho ininterrupto, metas sem pausa. E quando o corpo tenta descansar, chamam de “fraqueza”. Nossa! Quantas pessoas encontro dizendo que sentem-se cansadas, querendo ter mais energia, mas o corpo e a mente precisam verdadeiramente descansar.
O corpo e a mente não lêem planilhas. Eles lêem o sol, o frio, a escuridão e o silêncio. A atividade, o repouso. O alimentar-se e não se alimentar. Ele lê o tempo.
Negar o ritmo do corpo é como exigir que uma árvore frutifique fora do seu tempo.
Respeitar os ciclos é reconhecer que saúde não é linearidade, é harmonia. É entender que há dias de expansão e dias de recolhimento; fases de energia e fases de reconstrução.
A Base Forte acredita exatamente nisso: que viver bem é alinhar biologia e modernidade.
Que a rotina precisa de humanidade, não de heroísmo o tempo todo
Descanse um pouco se precisar. Saia um pouco da rotina se quiser (com responsabilidade).
Então, antes de se cobrar ser máquina de segunda a segunda, lembre-se:
Seu corpo sabe sim que é fim de semana. E ele agradece quando você também sabe.
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